Monday, August 21, 2006

Sonho...

Então....derrepente...você acorda! Apesar da angústia, a noite tinha sido boa e tranqüila. Na casa, a movimentação já ocorria há tempos. No espelho uma face feliz. Passavam-se quatro anos e meio de alegrias, lutas, desilusões, confrontos e chegava a hora da recompensa.

Uma água no rosto, um novo corte de cabelo e os minutos passando. Sozinho em um banco do ônibus, seguia rumo à Metrópole pelo caminho em que passará mais de 1440 vezes ao longo dos anos. Mas aquela era uma situação especial, mesmo não sendo a última vez, o saudosismo já batia.

As horas passavam e o nervosismo ascendia com a mesma intensidade. Um almoço com quem, assim como ele, vivia os mesmos anseios. Comida leve, risadas nervosas, uma cerveja para descontrair e os olhos acompanhando o tracejar dos ponteiros. Chegava a hora, passavam das 14 horas e o momento se aproximava.

A ferocidade com que o tempo voava, chegava a impressionar. Outra roupa, fotos, abraços, caminha pra cá, caminha pra lá, mais fotos e a fila estava formada. Trinta e três mentes angustiadas à esquerda, trinta e três a direita e iniciava o princípio do fim.

Com a mesma intensidade que tudo acontecera até ali, novamente tudo foi rápido. Três horas pareciam ter corrido como três minutos. Lá estava. O sorriso mais do que característico, o diploma e o orgulho da batalha vencida. Mais alguns instantes e seria a vez das felicitações.

Chegando a segunda parada do intenso dia, a felicidade se renovara ao ver quase todas as pessoas que ama compartilhando o momento. Sim, quase todas, algumas não presentes de corpo, mas observando de um lugar melhor e outras separadas pelo destino, mas não pelo pensamento.

Quatro horas de saudações regadas a boa comida e bebida igualmente de qualidade. O dia já estava quase acabando. O GRANDE DIA. Mas ainda faltava o gran finale. A vez de extravasar toda a felicidade e explodir de tesão.

Outra vez a mesma estrada em que trafegava durante os quatro anos e meio. Mas dessa vez nem importava. Na verdade, nada importava. Nunca havia se sentido daquela forma. Uma sensação inigualável.

Mais abraços, mais bebidas e diversão por todos os lados. Pai, mãe, irmãos, amigos (irmãos), colegas, conhecidos, desconhecidos, todo mundo na mesma alegria. Sem pensar a ambigüidade surgia naquela mente inerte. O tempo passa e no primeiro impulso, lá estava envolto em que gosta dele e que ele igualmente aprendeu a gostar.

Entretanto a dualidade voltava a assombrá-lo, mas sem afetá-lo. Talvez nada afetasse naquele momento. Atos impensados geram conseqüências, mas nada irreversível. O tempo passa e quando as emoções do dia parecem estar acabando, o destino renova as esperanças.

Dois bancos, duas pessoas e um sentimento em comum ressurgindo de onde menos se imagina. Uma conversa ao pé do ouvido é o que basta para os corpos se encontrarem novamente. Diferente do que acontecera até ali, o tempo parecia estar parado, ninguém mais envolta e nada fazendo sentido.

Era a coroação da manhã, da tarde, da noite e da madrugada perfeita. Nada havia dado errado. Pelo contrário, tudo saia mais perfeito do que o imaginado. Quase 24 horas depois de sair de onde tudo começara, o retorno ao descanso é mais do que merecido. Enquanto bons pensamentos instigam o sono, uma voz ao fundo diz, suavemente....

BEM-VINDO À VIDA!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home